quarta-feira, 29 de julho de 2009

A Grande Estrada da China

Pintura de Filipe Rocha da Silva, A Grande Estrada da China (1986, Reprodução de 100 Pintores Portugueses do Século XX - Alfa 1986)
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«Padrões-figuras de dimensões minúsculas cobrem áreas planas, como insectos ou flores em distante observação. O humor não está apenas nas figuras, mas no próprio peocesso de registo».
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Rui Mário Gonçalves.
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Sempre me fascinou esta pintura desde a primeira vez que a vi, que deve ter sido precisamente em 1986 ou 1987. Foi numa exposição da Gulbenkian, onde fui com a minha turma do 11.º ano, do Liceu Filipa de Lencastre. Acho que fomos ver uma exposição do Amadeu de Sousa Cardoso, estando também expostos outros artistas portugueses contemporâneos - e esta pintura.
Fiquei fascinada com as grandes dimensões do quadro cobertas por aquele padrão de estradas entrecruzadas, quase labirínticas, estando lá no muio uma pequena figura de bicicleta - talvez sem saber para onde ir. Sinto-me por vezes assim... O humor desta pintura é pela ironia da situação.
Também me fascinou o tipo de grafismo de Banda Desenhada - sempre admirei a BD - e o colorido.
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Faz-me lembrar um casamento onde fui com o Gonçalo, em que eu e ele nos perdemos no meio do bosque de Sintra. Encontrámos dois turistas e perguntámos-lhes se tinham visto uma igreja e dizendo-lhes que estávamos perdidos. Eles nos responderam: «But, what a beatiful place to be lost!». Tinham razão.
Também me faz lembrar a música dos Talking Heads: «We're on a road to nowhere...».
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Margarida Elias.

2 comentários:

Ivo Serenthà disse...

Congratulations to your space and photos, I encourage you to photoblog, http://photosphera01.spaces.live.com

Greetings from Italy

Marlow

Presépio no Canal disse...

E como é bom, Margarida, e como é bom...;) L`aventure commence...
Adorei a história :)